Novo modelo da Suzuki une desempenho esportivo e conforto real e está conquistando motociclistas no Brasil
A Suzuki GSX-8R chegou ao Brasil para preencher uma lacuna histórica entre as motos médias e as superesportivas de alta cilindrada. Em 2025, ela se posiciona como a escolha racional para quem busca a estética de pista, mas precisa de uma motocicleta versátil o suficiente para enfrentar o trânsito urbano e estradas no fim de semana.
O motor da nova Suzuki GSX-8R é potente?
A Suzuki abandonou a velha receita dos motores de quatro cilindros que precisavam girar alto para entregar força. A GSX-8R estreia um motor bicilíndrico paralelo de 776 cm³ totalmente novo. O grande segredo técnico aqui é o virabrequim defasado a 270 graus, que imita a pegada e o som encorpado de um motor V2.
Com 83 cv de potência e um torque robusto de 7,95 kgf.m, ela entrega força imediata em saídas de semáforo e retomadas, sem exigir trocas constantes de marcha. É um comportamento muito diferente da rival Honda CBR 650R, que obriga o piloto a manter o giro lá em cima para extrair desempenho.

Qual a diferença entre a GSX-8R e a GSX-8S?
Muitos pensam que a GSX-8R é apenas a versão naked (GSX-8S) com uma carenagem plástica, mas as mudanças técnicas alteram drasticamente a pilotagem. Para justificar a sigla “R” e o preço superior, a Suzuki implementou três upgrades estruturais focados em desempenho:
- Suspensão Superior: A carenada trocou os garfos simples da naked por um conjunto invertido da Showa (SFF-BP), garantindo muito mais estabilidade em frenagens fortes;
- Ergonomia Esportiva: O guidão largo foi substituído por semiguidões de alumínio forjado, fixados diretamente na mesa superior para uma postura mais agressiva;
- Proteção Aerodinâmica: A carenagem integral foi desenvolvida em túnel de vento para reduzir a fadiga do piloto em velocidades de cruzeiro na estrada.
Apesar dos semiguidões, a postura não é radical como em uma superesportiva pura. Você não fica “deitado” sobre o tanque, o que poupa as costas e os punhos em trajetos longos, mantendo o DNA de versatilidade da linha.
A GSX-8R vem com Quickshifter de série?
Sim, e esse é um dos grandes diferenciais de custo-benefício do modelo. A Suzuki equipou a moto com um pacote eletrônico generoso, incluindo o sistema de Quickshifter Bidirecional de fábrica. Isso permite subir e descer as marchas sem acionar a embreagem, tornando a pilotagem muito mais fluida e divertida em serras ou rodovias.
Além do câmbio assistido, o painel TFT colorido de 5 polegadas permite gerenciar o Suzuki Intelligent Ride System (S.I.R.S.). O piloto pode escolher entre três modos de condução (A, B e C) e ajustar o controle de tração em diferentes níveis, adaptando a moto para dias de chuva ou asfalto seco.
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Vale a pena comprar a GSX-8R ou a CBR 650R?
Essa é a dúvida mais comum nas concessionárias. A Honda CBR 650R leva vantagem no som inconfundível do motor de quatro cilindros e na potência final ligeiramente maior. Porém, a Suzuki GSX-8R vence na modernidade do projeto e na entrega de torque em baixas rotações, o que a torna mais utilizável no “mundo real”.
Para entender onde ela se encaixa no mercado, veja o comparativo abaixo:
| Modelo | Preço Aprox. (R$) | Motorização | Proposta |
| Suzuki GSX-8R | R$ 56.900 | 2 Cil. (83 cv) | Esportiva Racional / Torque |
| Kawasaki Ninja 650 | R$ 49.990 | 2 Cil. (68 cv) | Conforto / Custo-benefício |
| Honda CBR 650R | R$ 55.900 | 4 Cil. (88 cv) | Som Esportivo / Giro Alto |
| Yamaha R7 | R$ 59.900 | 2 Cil. (73 cv) | Foco em Pista / Agressiva |
Quanto custa a Suzuki GSX-8R 2025?
O preço sugerido pela montadora gira em torno de R$ 56.900, posicionando-a de forma competitiva. Entretanto, é importante considerar que, com o frete e as taxas de licenciamento, o valor para tirar a moto da loja pode se aproximar dos R$ 60.000.
Mesmo assim, ela oferece um conjunto de suspensão Showa e eletrônica que muitas rivais cobram à parte ou nem oferecem, validando o investimento para quem busca uma moto de média cilindrada definitiva.