Em apenas 18 minutos na recarga rápida, este modelo elimina a espera longa e transforma a parada em detalhe de viagem

Em apenas 18 minutos na recarga rápida, este modelo elimina a espera longa e transforma a parada em detalhe de viagem

Quem disse que carregar um carro elétrico precisa demorar a noite toda claramente não conhece as novas arquiteturas de 800 volts. Em 2025, recuperar a autonomia completa leva praticamente o mesmo tempo de uma parada rápida para o café na estrada.

Qual é o carro que carrega mais rápido?

O trono de velocidade de recarga no Brasil pertence indiscutivelmente ao Porsche Taycan. Graças à sua arquitetura elétrica avançada de 800 volts, o esportivo alemão aceita picos de potência que podem ultrapassar os 300 kW em eletropostos ultrarrápidos.

Isso permite, consequentemente, que a bateria vá de 10% a 80% em menos de 20 minutos em condições ideais. O “primo” de plataforma, o Audi e-tron GT, entrega uma performance muito similar. Portanto, ambos são as referências absolutas para quem não tem tempo a perder e pode investir acima de R$ 650.000.

Em apenas 18 minutos na recarga rápida, este modelo elimina a espera longa e transforma a parada em detalhe de viagem
Recarga rápida em 18 minutos reduz a espera e torna a parada irrelevante Foto: Porsche/Divulgação

A Hyundai e a Kia superam os alemães?

A tecnologia de ponta não é mais exclusividade de marcas de luxo extremo, pois o grupo sul-coreano democratizou o sistema de 800 volts. O Hyundai Ioniq 5 e o Kia EV9 surpreendem ao oferecer tempos de recarga idênticos aos da Porsche por um preço consideravelmente menor.

O Ioniq 5, por exemplo, consegue recuperar cerca de 100 km de autonomia em apenas cinco minutos se conectado a um carregador HPC (High Power Charger). Além disso, o Kia EV9, mesmo sendo um SUV gigante de sete lugares, mantém essa agilidade, tornando as viagens em família muito mais práticas e menos demoradas.

Como as marcas chinesas competem?

As montadoras da China apostam em estratégias diferentes para garantir rapidez. A Zeekr, marca premium que chegou recentemente ao país, trouxe o Zeekr 001, que aceita potências de recarga extremamente altas, competindo diretamente com os europeus em velocidade de “abastecimento”.

Por outro lado, a BYD foca na estabilidade da curva de carga com suas baterias Blade. O BYD Seal, embora utilize uma arquitetura de 400 volts na maioria das versões, consegue sustentar uma potência de pico de 150 kW por mais tempo. Dessa forma, a média de tempo total de recarga permanece competitiva, ficando pronta em cerca de 30 minutos.

Para comparar a eficiência de cada sistema, veja os dados técnicos na tabela a seguir:

ModeloPotência Máx. (DC)Tempo (10-80%)*Preço Aprox.
Porsche Taycan320 kW18 minR$ 660.000
Hyundai Ioniq 5350 kW18 minR$ 299.990
Kia EV9350 kW24 minR$ 549.990
Zeekr 001200 kW+30 minR$ 420.000
BYD Seal150 kW30 minR$ 296.800

*Considerando carregadores ultrarrápidos compatíveis.

Em apenas 18 minutos na recarga rápida, este modelo elimina a espera longa e transforma a parada em detalhe de viagem
Recarga rápida em 18 minutos reduz a espera e torna a parada irrelevante Foto: BYD/Divulgação

A infraestrutura aguenta essa potência?

Ter um carro capaz de carregar rápido é inútil se o eletroposto não entregar a potência necessária. Contudo, a rede de recarga brasileira tem evoluído rapidamente com a instalação de hubs da Raízen e Shell Recharge em rodovias principais.

Entretanto, a maioria dos carregadores públicos em shoppings ainda opera a 50 kW ou 60 kW. Sendo assim, para usufruir da capacidade total de um Taycan ou Ioniq 5, o motorista precisa planejar a rota focando estritamente em corredores elétricos modernos, que já cobrem o eixo RioSão Paulo.

Leia também: Os carros mais baratos de 2025

Vale a pena pagar pela velocidade?

O custo da recarga ultrarrápida é, naturalmente, mais elevado do que a energia doméstica. Empresas como a Tupinambá e a Zletric costumam cobrar tarifas por kWh mais altas em equipamentos de alta potência devido ao custo de instalação e demanda de energia.

Portanto, a recarga rápida deve ser vista como uma conveniência para viagens e emergências, e não como regra diária. O uso contínuo de supercapacitores também pode acelerar a degradação química da bateria a longo prazo, embora os sistemas de gerenciamento térmico modernos da Volvo e BMW mitiguem bem esse risco.

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